Crise de liderança...

Raça e liderança, é o que falta ao Ceará de hoje. Com a saída do Geraldo, eterno capitão e um líder natural, o time alvinegro, visivelmente se recente da falta de um comando maior dentro de campo. Alguém que chame a atenção da rapazeada, alguém que cobre do grupo, e deles chame a atenção para a letargia generalizada que vem tomando conta da equipe.

Todo time perde, derrotas também fazem parte do futebol, mas pera lá! tomar sete gols em dois jogos, não fazer um só se quer, e ainda ter um atleta expulso em cada jogo, convenhamos, não é normal não.

É claro que quando o assunto é série A, todo time é difícil e merece respeito; quem quiser moleza que vá disputar a terceirona. Que o diga o time acolá, que mesmo lá, anda de lanterna na mão...

O Avaí é uma boa equipe não resta dúvida; tradicionalmente, sempre foi uma pedra no nosso sapato. Mas confesso aos senhores que dessa vez fui pego de surpresa. Tomar de três em pleno PV, de um time que desde a primeira rodada, tudo o que faz é tentar fugir, sem êxito, da zona de rebaixamento, foi demais...

O Ceará do primeiro tempo foi lento e sem criatividade. Osvaldo, injustamente criticado por alguns, perdia chances de gol é verdade, mas chances que ele mesmo criava, sem contar com a ajuda de mais ninguém, já que, coletivamente, o time não existiu. No segundo tempo, com as alterações do Mancini, o time voltou ainda pior e acabou tomando um baile.

Toda equipe moderna tem um jogador de velocidade, sua função: preocupar a zaga e abrir espaço para os outros atacantes. Essa tem sido uma tática utilizada por diversos treinadores com sucesso. Eder Luiz, por exemplo, faz isso muito bem no Vasco, que sempre tem Felipe, Alecsandro e Diego Souza na sobra para colocar a bola para dentro. Infelizmente, no Ceará não tem sido assim...

Vamos lá, Thiago Humberto, tem um ótimo chute a longa distância, me digam então, quantos chutes a gol ele deu enquanto esteve em campo? O mesmo serve para o badalado e pouco produtivo, Enrico. O que fizeram esses senhores??

A verdade é que o Ceará foi uma piada, um amontoado de jogadores, todos perdidos, sem marcar, e também sem saber o que fazer quando tinha a posse de bola. Não todos, mas alguns jogadores, literalmente, passeavam em campo, se mostravam estranhamente acomodados, achando que perder em casa para o poderoso e temido Avaí, é a coisa mais natural do mundo.

Resumindo, foi o jogo da falta, faltou tudo: futebol, empenho, raça, COMANDO, e, sobretudo, vergonha na cara!